Somos um grupo de cidadãos que têm em comum uma orientação sexual divergente da norma (heterossexual). Por isso, este movimento é composto por pessoas homo e bissexuais dos mais diversos quadrantes políticos, filosóficos e culturais. Estamos unidos pela crescente preocupação com os movimentos que andam falando em nosso nome e distorcendo o sentido que foi dado às nossas mais legítimas lutas e reivindicações durante os últimos anos e revoltados com o sequestro que fizeram do movimento gay e lésbico, que antes lutava para que a sociedade respeitasse e reconhecesse legalmente as nossas uniões afectivas, e, assim, fosse possível, como para qualquer outro cidadão, proteger legalmente os bens que se adquiriam em comum – direitos e bens que são, afinal, fruto do nosso amor e união familiar.É com extremo desagrado e indignação que observamos no movimento LGB o surgimento agudo de ideias e letras que nada têm a ver com a orientação sexual. Não nos revemos no movimento 2SLGBTQIAP+, que invadiu a Academia, a Educação, a Saúde, a Política e a Cultura, promovendo igualmente atentados à própria “comunidade” que diz e jura defender.Não é em nosso nome que se levam às escolas espectáculos imorais e degradantes, com o falso pretexto de inclusão e promoção da diversidade, ou que se alimenta a confusão na cabeça de crianças e jovens para os levar propositadamente a pensar que nasceram no corpo errado, como se de uma terapia de conversão se tratasse.Não é em nosso nome que se impõe a sexualidade – da forma mais doentia e perversa – numa fase em que as únicas preocupações das crianças e jovens devem apenas e somente ser, brincar, viver e aprender.Não é em nosso nome que se inventam ideologias, totalmente absurdas e deturpadas, que contaminam o real entendimento da biologia, da anatomia, da história e da ciência, no sentido mais verdadeiro e natural dos termos.Não é em nosso nome que se adultizam crianças e se infantilizam adultos, promovendo a ignorância individual e colectiva numa espécie de esquizofrenia social sob um manicómio a céu aberto.Não é em nosso nome que se inventam falsos léxicos, se impõem pronomes, arruínam gramáticas e idiomas – forçando um discurso distópico cuja mais elementar liberdade de expressão é proibida – assistindo, assim, a um sistema totalitário e a uma novilíngua que eliminam tradições e costumes com base no medo, na opressão intelectual e obsessão do politicamente correcto. Censurar pessoas e organizações por manifestarem desconforto ou por não concordarem com a captura oportunista de activistas radicais face à actual situação em que o movimento gay e lésbico se encontra não vai de encontro aos nossos valores.Condenamos, por isso, a distorção de conceitos, da língua e linguagem promovidas pela cartilha queer. Sabemos perfeitamente que só existem dois sexos e que este não é atribuído à nascença, mas gerado naturalmente no acto da concepção e posteriormente observado ainda dentro da barriga de cada mãe.Tentar manipular a binaridade do sexo, parasitando a dor de quem nasce com deformações – actualmente denominados de intersexo, aquele «i» que decidiram incluir na interminável sigla – revela uma insensatez grotesca. Usar estes casos excepcionais como exemplo de um sexo não-binário é o mesmo que dizer que alguém que nasce sem uma perna prova que os seres humanos não são bípedes.Estamos atentos aos políticos, profissionais de saúde, a pessoas ligadas ao Ensino e ao Direito que, por oportunismo, negligência ou mesmo ignorância – sob uma falsa capa de progressismo, inclusão ou integração de género –, alinharam nestas manipulações, ideias e práticas clínicas experimentais (sem comprovação científica), com o intuito de capitalizar votos, empregos, vantagens sociais e económicas à custa do sofrimento pessoas fragilizadas, muitas delas adolescentes e jovens, hoje arrependidas com procedimentos cirúrgicos e hormonais irreversíveis que destruíram completa e para sempre as suas vidas.Assumimos um manifesto e um canal de luta, de verdade, de recolha de testemunhos e de denúncia pública. Estamos coordenados com organizações lésbicas, gays e bissexuais de muitos outros países que partilham as mesmas lutas e preocupações.Somos a Aliança LGB, parceiros em Portugal da LGB Alliance Internacional.